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De suçuarana a gato-do-mato, estudo identifica 8 espécies em risco de extinção em fragmentos florestais de Piracicaba

Monitoramento foi realizado ao longo de 15 anos no espaço da microbacia do córrego Capim Fino, afluente do Rio Piracicaba, e identificou a presença de 258 es...

De suçuarana a gato-do-mato, estudo identifica 8 espécies em risco de extinção em fragmentos florestais de Piracicaba
De suçuarana a gato-do-mato, estudo identifica 8 espécies em risco de extinção em fragmentos florestais de Piracicaba (Foto: Reprodução)

Monitoramento foi realizado ao longo de 15 anos no espaço da microbacia do córrego Capim Fino, afluente do Rio Piracicaba, e identificou a presença de 258 espécies diferentes. Gato-do-mato-pequeno com a pelagem tradicional da espécie LeandroVacchiano/iNaturalist Um projeto de monitoramento da fauna silvestre realizado em Piracicaba (SP) mapeou a presença de 258 diferentes espécies de animais na área da microbacia do córrego Capim Fino, afluente do Rio Piracicaba. Das espécies identificadas, oito estão ameaçadas de extinção - veja detalhes abaixo. 📲 Participe do canal do WhatsApp do g1 Piracicaba O levantamento teve início em 2010 e foi realizado ao longo de 15 anos. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (5) pela montadora Hyundai Brasil, responsável pelo monitoramento da área no entorno da fábrica desde antes da instalação em Piracicaba, em 2012. A área mapeada contempla os chamados fragmentos florestais - áreas de vegetação natural que foram divididas ou isoladas por barreiras, naturais ou humanas - e Áreas de Preservação Permanente (APPs). As analises foram feitas a partir da divisão de três grupos de animais vertebrados terrestres: aves (avifauna), mamíferos (mastofauna) e anfíbios e répteis (herpetofauna). Tico-tico-de-máscara-negra Irmãos Pompéu Espécies e risco de extinção 🐦‍⬛🐆 Durante os anos de monitoramento, foram mapeadas 258 espécies diferentes dos três grupos animais. O estudo permitiu também identificar a organização da vegetação local, hábitos alimentares dos bichos e entender como o ecossistema responde a estímulos ambientais - físicos, químicos ou biológicos. A maioria dos animais mapeados está no grupo da avifauna, com 199 espécies identificadas. A mastofauna teve 25 diferentes identificações entre pequenos, médios e grandes. Já na herpetofauna, são 34 espécies - 21 de anfíbios e 13 de répteis. Entre os diferentes animais mapeados, oito espécies foram classificadas com ameaça de extinção. Os que correm risco são aves e mamíferos. Veja abaixo 👇 Suçuarana (Puma concolor); Gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi); Gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus); Tapeti (Sylvilagus brasiliensis); Tico-tico-de-máscara-negra (Arremon franciscanus); Jacupemba (Penelope superciliaris); Pipira-preta (Turdus flavipes); Pula-pula-de-sobrancelha (Myiothlypis leucoblephara). Métodos de monitoramento 📹 Suçuarana é um dos animais mapeados na região de Piracicaba que correm risco de extinção Divulgação/Hyundai Brasil Para realizar o mapeamento das espécies é preciso observá-las em seu habitat. Para isso, foram realizadas metodologias consideradas não invasivas para a observação, que incluem armadilhas fotográficas, procura visual e auditiva em sítios reprodutivos, caminhamentos e busca ativa. Diferentes animais requerem diferentes horários para a realização das ações de mapeamento, então foi necessário criar um cronograma adaptado para conseguir registrar as espécies de diferentes hábitos. As aves eram monitoradas no início da manhã e no final da tarde, dois momentos em que cantam mais ativamente. Já os anfíbios e répteis são animais de hábitos noturnos, então a observação ocorria sempre neste período. No caso dos mamíferos, as armadilhas com câmeras ficavam ativas e operando 24 horas, já que dentro do grupo os diferentes bichos podem ser diurnos, noturnos ou crepusculares e era preciso estar sempre a postos para conseguir registros. Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

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