Cinco de seis bicas monitoradas em Piracicaba têm água imprópria para consumo, diz Semae; veja lista
Análise do Semae aponta que água de bicas de Piracicaba está contaminada Cinco de seis bicas públicas monitoradas pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto ...

Análise do Semae aponta que água de bicas de Piracicaba está contaminada Cinco de seis bicas públicas monitoradas pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) de Piracicaba estão contaminadas por coliformes fecais, bactérias que indicam que a água não é própria para consumo humano – veja explicação de especialista abaixo. As bicas monitoradas pelo Semae ficam: Duas na região da Vila Rezende; Uma em Santa Olímpia; Uma na Estrada do Bong (Castelinho); Uma na rodovia que liga Piracicaba a Rio Claro; Uma no bairro Paulista. Segundo o Semae, apenas a bica que fica ao lado do Varejão da Paulista apresentou água própria para o consumo. No entanto, o entorno da bica registrou sinais de uso indevido, como sabonetes e resíduos de limpeza pessoal, o que pode comprometer a qualidade da água captada pelos usuários. ✅ Siga o g1 Piracicaba no Instagram Moradores usam água imprópria Moradores pegam água na Bica do Vale do Sol, não monitorada pelo Semae de Piracicaba (SP) Edijan Del Santo/EPTV Apesar do alerta, moradores buscam água nesses pontos para beber e cozinhar, como constatou a produção da EPTV, afiliada da TV Globo – veja vídeo acima. Na Estrada do Bong, por exemplo, a placa que alertava para a contaminação foi arrancada e frequentadores improvisaram passagens com madeira para acessar a fonte. “Aqui era sítio quando comecei a vender caldo de cana, agora virou cidade. Não tem como consumir [a água]. Faz 40 anos que trago água de casa e trabalho com água de casa”, afirma o comerciante local José Eleutério. No bairro Nhô Quim, região da Vila Rezende, há situação se repete com a ‘Sete Bicas’. Apesar das análises apontarem contaminação, moradores afirmaram consumir a água há décadas. “Uso há 60 anos para beber. Nunca tive problema”, disse o aposentado José Alélio Pressoto. Moradores ainda consomem água de bicas não monitoradas pelo Semae. É o caso da bica no bairro Vale do Sol. “A água é muito boa, tem gente que fica de 2 a 3 horas na fila para pegar”, informa o operador de empilhadeira, Marcelo Felipe, sobre a bica do Vale do Sol. Parte da água tratada pelo Semae em Piracicaba vem do Rio Corumbataí Reprodução/EPTV O que diz especialista Mesmo quando a análise não aponta contaminação em determinado momento, a qualidade da água pode variar rapidamente, afirmou o engenheiro químico Jair Sebastião da Silva Pinto, da Esalq/USP. “A pessoa pode contrair diarreia, cólera e outras doenças. Crianças estão ainda mais vulneráveis”, alerta o engenheiro. A recomendação é que a população, que tem o hábito de pegar água em bicas, ferva o líquido por ao menos três minutos para reduzir o risco de doenças. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região